sexta-feira, 18 de abril de 2014

De "Ossóptico" por António Maria Lisboa

(Ventoinha d’Ouro é a ti que eu amo, candelabro de cera liquida é de ti que eu gosto, imagem louca é a ti que eu possuo no nosso leito macio como uma violeta de uma só pétala de seda e veludo, de dia, de noite, no uivo do bicho pré-histórico que anda alma-penada a existir connosco. Sobre um tambor de pele-humana a tua figura maldita – teu peito de prata, tuas pernas de lua. Tombaram-te os olhos e sou eu ainda que te procuro-encontrando).

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